Os jovens são a personalidade de um país, são o resultado e o reflexo da geração mais velha mas também a geração que irá educar os que se seguem. Esta posição central e binária leva-me a ver os jovens de um país como o reflexo passado, presente e futuro deste último pois juntam em si mesmo três faixas temporais a priori distintas.
O fenómeno morangos com açucar trouxe a expressão “geracao rebelde” para definir os jovens portugueses. Quando me refiro a jovens falo de uma faixa étaria extensa que vai dos 12 aos 20 e poucos anos. Sendo um produto dessa geração nao me revejo nem pessoalmente nem enquanto grupo nesse rotulo. Pelo contrario, vejo esta geração como um producto seguro. O meu professor de francês, M. Billon, dizia que Lisboa era a California da europa e que os jovens portugueses apenas se interessavam por praia e surf. Tive a oportunidade de conviver com jovens italianos e mais recentemente com os franceses. É partindo dessa possibilidade comparativa que afirmo de forma convicta que que a nossa deominada “geração rebelde” é pela contrario uma geração estavel, personalizada e progressista. Basta andar pelas ruas para vê-lo. O jovem português veste-se bem, mas quanto baste, todo jovem português anda pelas ruas com a sua camisola de capucho, com polo ou camisa quando lhe apetece estar um pouco mais aprontado. O cabelo anda arranjado mas ao vento, com ou sem, risco mostra-se sempre bem apresentado mas descontraído. Tem porta chaves com fio longo e pratico, cinto da moda e tennis nos pés. Fala descontraído com os amigos utilizando expressões idiomaticas e soltando de vez em quando um palavrão mas comporta-se de forma exemplar na presenca de um adulto ou se a ocasião se apresenta. A nossa “geração rebelde” é portanto composta por gente com bom aspecto e na sua maioría de bom gosto. Não é altamente contestatária como a francesa(cpe) mas gosta de tomar parte nas decisões(as juventudes partidáias são bem mais activas e assumem um papel muito mais importante que em frança por exemplo). É educada numa optica internacional e não é egocentrica, nacionalmente falando. Absorve os valores tradicionais e nacionais mas é aberta à mudança e acredita na liberdade individual.
A geração não é rebelde, é pragmática, esta geração assegura, e de que forma. Portugal pode ficar tranquilo!