sexta-feira, novembro 03, 2006

Outubro

Amanhã estou e Lisboa, passou um mês desde que o semestre começou. Este inicio de ano foi diferente do outro, mais tranquilo, menos novidade, menos nervosismo. Ainda me lembro das três palavras com que o nosso director iniciou o seu discurso de abertura de ano escolar: "Félicitations, merci et atention!". Tudo isso me parece um passado distante, mas é apenas o meu presente.

Neste mês aconteceram algumas coisas marcantes. O Benfica Porto foi um deles. Jogo matreiro, perdido desde o inicio, que resultou num combate infrutifero contra um resultado que nasceu torto e morreu partido. Lembro-me de ler nessa noite, num forum, uma frase que expremia o sentimento que me invadia, dizia ela: "Reconheço que muitas vezes gostava de ser diferente... de conseguir ser indiferente... porque sofro muito... sofro demasiado! Mas nem isso é possível porque eu nunca pedi para ser Benfica...Eu já nasci a ser Benfica".

Esta semana estudei a época de Getúlio Vargas no Brasil. Um "Salazar brasileiro" que institui o Estado Novo no Brasil e que é hoje visto como um dos principais responsaveis pela modernização do Brasil. Dizia ele na sua "carta de despedida" antes de se suicidar que "saio da vida para entrar na historia". No outro oposto Castro disse em tempos "a História julgarme-ià". O lirismo na hora do balanço é cativante, deixa uma imagem magica das pessoas em causa. Mas nenhum deles conseguiu exprimir melhor esse sentimento que o nosso Camões quando fez referencia a "aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando."

O meu querido irmão Paulo concluio o seu trabalho de final de curso. Ontem Telefonou-me a minha mãe depois de ter visto o trabalho completo pela primeira vez. Apenas me falou da primeira pagina onde o Paulo agradece "à minha mãe e o meu irmão que são os pilares em que me apoio". São estes sentimentos e este gestos que nos causam aquele sentimento interior de uma tranquilidade feliz, uma certeza que apesar de tudo o que possa acontecer e de actualmente estarmos longe, na realidade pensamos em certas pessoas todos os dias.

vosso,
Pedro